MÍDIA DIGITAL



ATIVIDADE:3.1 MÍDIA DIGITAL

O que é mídia digital? A pergunta inicia a busca por algo que ainda se apresenta como um objetivo a ser alcançado, ou seja, por alguma coisa que não existe de maneira organizada e estruturada, ao menos neste exato momento. Mídia digital poderia comportar, a princípio, todo e qualquer meio que se utilize da informática, transformando informações para a linguagem binária de zeros e um princípio da digitalização. O termo mídia, porém, refere-se, na maioria das vezes, ao universo da comunicação, indicando a pluralidade de meios aí presentes. Assim sendo, a mídia digital seria o espaço que comporta os meios de comunicação que se utilizam da linguagem binária da informática. Esta definição comporta também uma atenção especial ao termo mídia. Este vem sendo utilizado no plural, apesar de já ser a indicação de uma multiplicidade, ou seja, mídia é um conjunto de meios, vindos do latim media e medium. A pluralização de um coletivo, neste caso, parece ser estranha. Quais os meios de comunicação que não fariam parte da mídia para serem inseridos apenas quando do uso do termo mídias? A questão parece não ter um sentido mais claro e, por isso, soa como algo estranho e que não merece um comentário ainda mais extenso. É bastante claro que o termo mídia pode contemplar todos os meios de que trata hoje o universo da comunicação. Indo um pouco mais além, o termo mídia indica uma pluralidade interna, uma multiplicidade que lhe é peculiar. Neste sentido, a mídia digital é algo já intrinsecamente plural. Isso leva a pensar nos casos mais específicos de meios que são tratados hoje como espaços novos da comunicação, como a rede mundial de computadores – Internet – e todas as suas ramificações – intranets e extranets –, os CD-ROMs e os DVD-ROMs, mais recentes. Todos estes meios utilizam-se da pluralidade como suporte: o som, a imagem e o texto. Esta utilização de som, imagem e texto já foi chamada de multimídia, mas há autores, com Pierre Lévy, que contestam seu uso. Para ele, o correto seria pensar em unimídia, já que apenas um espaço está sendo utilizado, reunindo os meios visuais, sonoros e textuais. Há quem prefira hipermídia. Entanto, seria exatamente um conjunto de meios baseados em uma estrutura Não parece haver muito sentido na utilização do termo, pelo menos em português. Mídia digital parece atender melhor a tudo isso que foi colocado anteriormente, deixando espaço para a multimídia quando do uso de meios diferentes em espaços também diversos. Isso, contudo, não impede que os termos unimídia e hipermídia sejam usados nas suas mais variadas formas. Aqui, apenas, acredita-se que mídia digital seja um termo mais razoável para entender o que está sendo pensado no momento1. Mídia digital é igual à multimídia, a hipermídia e a unimídia? Pode-se dizer que não exatamente, apesar de, em muitos momentos, aparecerem todas como sinônimos.

CULTURA SURDA

CULTURA SURDA

Ao abordar a questão da cultura surda, como o fato de ser surdo/negro, surda/negra, surdo/branco, surda/branca, surda/mulher, surdo/homem, etc. Enfoca-se a cultura surda como uma das múltiplas determinações, sabendo-se que, nos estudos das demais culturas minoritárias, seja a da cultura negra, ou a da cultura indígena, ou a da cultura imigrante, lá está a presença de sujeitos surdos, que também são negros, são indígenas, são imigrantes, etc.
O que se dá é que, no estudo da constituição do tecido social – do qual os surdos também fazem parte - há que se desvelar as diversas posições de sujeito que se revestem de poderes particularizados, poderes estes que se constituem pelo fato de as pessoas terem/não terem tais e quais características. Mas, oferecer mais uma perspectiva de análise da constituição social. Não se trata de colocar a cultura surda de um lado, e a cultura ouvinte de outro, como se estivesse tratando de oposições binárias, mas trata-se da tentativa de proclamar os surdos enquanto grupo social, que também pela característica cultural se organiza.
Os surdos constituem grupos sociais que têm interesses objetivos, lutas e direitos em comum, mas, sendo um grupo social, como outro qualquer, dentro de sua própria configuração, acontece tensões semelhantemente verificadas em outros grupos.
Tem pessoas que têm dificuldade em entender a existência de uma cultura surda geralmente são pessoas que pensam que nada há fora de sua própria referência cultural, então, entende a cultura surda como uma anomalia, um desvio, uma irrelevância. Geralmente estas pessoas desconhecem os processos e os produtos desta cultura surda: desconhecem o que os surdos geram em relação ao teatro, ao brinquedo, à poesia visual, à literatura em língua de sinais, à tecnologia que utilizam para viverem o cotidiano.
Nas comunidades de surdos acontecem fenômenos sociais observados também em quaisquer outras comunidades, como, por exemplo, a existência de círculos de liderança pequenos, e desejadamente imutáveis, mantendo membros em posições de subordinação.
É possível notar que muitos surdos, privados do acesso inicial à língua de sinais, por sua história de fracassos na educação oral, são outra vez estigmatizados quando ingressam na comunidade surda, usando a língua de sinais “como uma pessoa que ouve”.
Os surdos envolvidos com a cultura surda, auto-referenciam-se como participantes da cultura surda, mesmo não tendo eles características que sejam marcadores de raça ou de nação.